O Brasil oferece um clima único que os concorrentes globais na indústria de vestuário não podem igualar. Eles não experimentam uma mudança completa das estações, permitindo que a indústria forneça algodão em um momento em que o resto do mundo não pode.
Esse simples fato permite que a indústria de confecções brasileira crie um nicho no mercado global de exportação. O aumento da demanda por algodão dessa indústria continua crescendo de forma constante, apesar de o país ainda produzir três vezes menos do que a Índia ou a China nesse segmento.
É compreensível considerar que o Brasil não teve realmente uma indústria têxtil ou de confecção até 2000.
Os têxteis também tiveram um rápido crescimento na indústria brasileira de confecções nos últimos anos. Atualmente, a indústria produz 2,4% dos produtos que hoje são fabricados no mundo. Isso os coloca bem atrás dos 50% alcançados pela China, mas ainda assim um resultado impressionante considerando onde esse segmento de mercado estava há apenas uma década.
Embora a indústria de vestuário no Brasil se concentre nas marcas de verão devido ao clima, elas influenciam os produtos de luxo e os fabricantes mais jovens em países ao redor do mundo. À medida que os fornecedores procuram promover suas marcas internas, essa mudança transformará a indústria do vestuário em um mercado aberto que atende a todos de alguma forma.
Estatísticas interessantes da indústria brasileira de vestuário
# 1. O mercado de vestuário do Brasil foi avaliado em US $ 31,4 bilhões em 2017, testemunhando um crescimento substancial devido ao aumento do poder de compra do consumidor e ao consumismo entusiástico dentro do país. (Pesquisa Hexa)
# 2. Mais de 60% da população do país tem menos de 29 anos, tornando-se o principal grupo demográfico para varejistas, pois eles tendem a ter a renda mais disponível. (Pesquisa Hexa)
# 3. O número total de funcionários que estão trabalhando na indústria de confecções no Brasil no momento é de 33.000, mas há até 1,7 milhão de oportunidades indiretas criadas pela indústria como um todo. (Fashion United)
# 4. O Brasil é atualmente o quarto maior exportador de algodão, o que tem ajudado a indústria do vestuário a se tornar um líder lento, mas constante no mercado mundial. (Têxtil hoje)
# 5. A indústria têxtil e de vestuário no Brasil busca equivaler a mais de 5% do PIB até 2018. (Têxtil Hoje)
# 6. Atualmente, existem mais de 30.000 empresas atendendo à indústria de vestuário por meio de têxteis, algodão, couro, calçados e moda. Mais de 2 milhões de toneladas de têxteis chegam ao mercado mundial de exportação do Brasil a cada ano. (Têxtil hoje)
# 7. 60% das peças de vestuário importadas da Ásia para o Brasil vêm da China, com um custo total que ultrapassou US $ 1,45 bilhão em 2017. Esse valor representa um aumento de custo de mais de 500% desde 2006 para a indústria de vestuário. (Têxtil hoje)
# 8. O Brasil viu um aumento nas suas exportações para o Oriente Médio em 2017 em comparação com o ano anterior, com um aumento impressionante de 87,5% na comparação anual de janeiro e fevereiro. O valor total deste segmento é de aproximadamente US $ 1,5 milhão por mês. (Têxtil hoje)
# 9. As empresas brasileiras de vestuário e têxteis que participaram do programa de investimentos da Apex-Brasil conseguiram aumentar suas exportações para o Oriente Médio em mais de 40% em 2017.
# 10. As taxas médias de produção têxtil da indústria brasileira de confecções em 2017 foram de 1,7 milhão de toneladas, 100.000 toneladas a mais que no ano anterior. Nesse período, foram fabricadas mais de 6,710 milhões de peças de vestuário, mais de 400 milhões a mais que no ano anterior. (Indústria têxtil e da moda brasileira)
# 11. A indústria do vestuário no Brasil, quando contabilizados todos os seus segmentos, é a segunda maior geradora de empregos do país. É também o segundo maior empregador, atrás da indústria de fabricação de alimentos, com 75% dos empregos ocupados por mulheres. (Indústria têxtil e da moda brasileira)
# 12. O Brasil está entre os cinco maiores do mundo na produção de têxteis, roupas, denim e malhas. Sua semana de moda também está entre as cinco melhores do mundo hoje. Existem mais de 100 escolas ou faculdades de moda que oferecem aulas. (Indústria têxtil e da moda brasileira)
# 13. Mais de 9,4 bilhões de itens manufaturados são criados a cada ano devido à produção autossuficiente de algodão do país, quando produtos fora da indústria de vestuário também são considerados. (Indústria têxtil e da moda brasileira)
# 14. Apesar de todos os ganhos experimentados pelo setor, a balança comercial de vestuário (excluindo algodão em pluma) está no vermelho, em US $ 4,1 bilhões. A indústria perdeu US $ 900 milhões em déficits comerciais no ano anterior. (Indústria têxtil e da moda brasileira)
#quinze. A confecção brasileira paga ao cotonicultor de forma diferenciada, com 50% do valor pago adiantado, o restante é oferecido na entrega. Essa estrutura ajuda a solidificar a consistência da economia nacional, incentivando as vendas ao longo do ano. (O guardião)
#dezesseis. Mesmo com os déficits a serem considerados, o crescimento da balança comercial do Brasil em 2017 foi de 5,27%, enquanto o resto do mundo teve um aumento de apenas 1,5%. (WITS)
# 17. As exportações brasileiras de bens e serviços representam 12,5% do PIB a cada ano, enquanto sua importação como porcentagem do PIB é de 12,13%. (WITS)
# 18. O consumidor médio no Brasil que gasta dinheiro com roupas vai gerar uma renda de US $ 520,59 para o setor a cada ano. (Estatista)
# 19. Os consumidores compram em média 30 itens por ano da indústria brasileira de confecções em locais nacionais, e o preço médio de cada item é de $ 17,35. (Estatista)
# 20. A indústria brasileira de vestuário representa aproximadamente 5,5% do faturamento do setor de transformação, o que representa quase 20% do total de oportunidades de emprego disponíveis quando considerados todos os segmentos. (Consulado Geral da Índia)
Tendências e análises da indústria brasileira de confecções
O cenário competitivo no mercado brasileiro de vestuário continua ganhando destaque, à medida que algumas das principais marcas mundiais buscam um local para iniciar suas operações. Puma, Adidas, WinCraft e Nike têm se esforçado para oferecer produtos no mercado interno, aumentar a capacidade de fabricação e promover um mercado de exportação mais forte.
Isso torna o Brasil uma das indústrias de vestuário mais promissoras do mundo hoje. Ela possui um alto nível de consciência da moda, uma demografia diversificada e um entusiasmo da população básica em fazer compras e experimentar.
Um mercado secundário para roupas também está começando a se abrir à medida que os fabricantes abrem seus antigos estoques para o segmento de varejo. As empresas locais podem vender produtos de marca a preços com desconto, incentivando ainda mais a atividade de vendas para o público-alvo.
Embora ainda existam dificuldades de crescimento nos próximos 10 anos para a indústria brasileira de confecções, o cenário está armado para um crescimento constante. Esperamos um CAGR de 4,5% ao ano durante este período de previsão se as condições permanecerem constantes no mercado.